A caça e a pesca são dois dos ex-libris do concelho, o coelho bravo a lebre a perdiz e a codorniz, podem encontrar-se nestes campos e montes repletos de vida.

Por sua vez o Rio Rabaçal apresenta paisagens lindíssimas e ninguém melhor que um pescador de truta para admirar a sua beleza.

Tudo isto associado à gastronomia, vinho, azeite, castanha, fumeiro e o folar, fazem de Valpaços um local de passagem obrigatória na região Transmontana.


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Homenagem aos sócios falecidos do CTCPV

A morte é natural, a maior certeza que temos sobre qualquer coisa é que vai ter o seu fim. Os dias começam e acabam, tudo acaba.
É no coração que morremos. É aí que a morte habita.
Só as pessoas que amamos morrem, só a sua morte é a absoluta separação. No entanto, contraditoriamente, só as pessoas que amamos é que não morrem, pois o amor, o carinho, o respeito que sentimos por elas é mais forte do que a própria morte.
Dói muito, contudo sabemos que a separação não é para sempre…a partida dos que foram antes de nós ensina-nos a viver melhor, de forma mais séria, mais profunda e de uma forma mais autêntica.
A vida não se mede pela quantidade dos dias, dos meses, dos anos e dos bens materiais, mas sim, pelos feitos, pelas atitudes, pela ajuda, pela coragem, respeito e admiração que sentimos pelos que nos são próximos. ... chorar a morte de um amigo é a prova de que a sua vida, aqui, teve valor e sentido.
É o mesmo sentimento que nos traz alegria à vida que nos faz, agora, chorar.

Ficam as lágrimas choradas no silêncio do fundo de nós.
Fica a esperança, que é certeza, de que todo o carinho e ternura que ficaram por dar não se perderam... adiaram-se apenas.
Afinal, a mesma morte que leva os que amamos, também nos levará a nós... será pois uma simples questão de tempo até que possamos abraçar e beijar aqueles a quem, agora, disso a morte nos impede, mas honramos.
Ficam, por enquanto, as lembranças de momentos de convívio, de conversas sérias e outras menos sérias sobre a paixão que nos uniu: a caça, a pesca e o tiro e que a eles tanto lhes devemos. São as aventuras e as desventuras desses momentos que nos preenchem enquanto por cá andamos.
Fica o reconhecimento do mérito destes companheiros que cunharam com pulso forte o bom nome desta casa, a vós sócios e amigos que hoje estais aqui connosco nesta homenagem continuai também a cunhar e a zelar pelo bom nome desta associação.
A vida passa rápido, aos que partiram resta-me dizer-lhes, até já!

Rui Coutinho


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