A caça e a pesca são dois dos ex-libris do concelho, o coelho bravo a lebre a perdiz e a codorniz, podem encontrar-se nestes campos e montes repletos de vida.

Por sua vez o Rio Rabaçal apresenta paisagens lindíssimas e ninguém melhor que um pescador de truta para admirar a sua beleza.

Tudo isto associado à gastronomia, vinho, azeite, castanha, fumeiro e o folar, fazem de Valpaços um local de passagem obrigatória na região Transmontana.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Artigo de opinião por Rui Coutinho


A caça e a economia local

O Concelho de Valpaços é um dos mais ricos em termos de diversidade cinegética, no Distrito de Vila Real. Com condições excelentes especialmente para a criação de caça menor, tais como o Coelho, Perdiz e a Lebre. Zonas de cultivo de centeio e trigo com encostas bem acentuadas de difícil acesso, que servem de refúgio muitas vezes para estas espécies. Atrativo também para o tordo, terrenos que se caracterizam pelos seus extensos olivais (zonas de alimentação) e zonas de mato denso (dormitórios), irresistíveis para esta espécie, diga-se, um tipo de caça muito apreciado pelo seu divertimento, pelo numero de peças cobradas, pelo numero de disparos que se efetuam.
Assim temos um concelho, irresistível para nós e também para muitos e muitos caçadores de outras regiões, que normalmente se deliciam durante a época de caça com as nossas iguarias, com a nossa paisagem, com o nosso companheirismo.
Em tempos que já lá vão, estes apaixonados da caça, num sistema de regime livre, onde o acesso à caça era fácil, passeavam-se por estas terras, traziam muitas vezes as famílias e outras vezes novos amigos. Vinham às vezes aos fins de semana, instalavam-se de malas e bagagens, jogavam cartas, faziam-se em alguns restaurantes autênticos manjares, grandes petiscadas, bebiam-se uns “copos”, travavam-se novas amizades, compravam-se à pressa cartuchos em algumas casas da especialidade, metia-se gasóleo, compravam-se cordeiros, queijo , azeite, vinho, fumeiros e uma lista infindável de produtos aos agricultores.
Recorde-se que talvez tenham sido estes senhores a dar fama ao nosso vinho e ao nosso azeite e que ajudaram a fazer destes produtos aquilo que eles representam para nós e para a economia local hoje em dia.
Os caçadores circulavam de forma livre pelo nosso concelho.
O turismo funcionava no seu máximo esplendor e não era necessário recorrer a qualquer mecanismo publicitário.
A economia brilhava e a comunidade sentia esta oportunidade, entravam verbas financeiras na nossa algibeira. No fundo, direta ou indiretamente todos beneficiávamos.
Porque acabamos então com isto?
Atualmente a nova legislação permite que por falta de sensibilidade de quem dirige por ai múltiplas zonas de caça municipais e associativas, que fizeram delas autênticas zonas de caça particulares, vendem dias de caça e pouco ou nada fazem pela caça. Não compensam os agricultores, que logicamente se sentem lesados nos seus interesses, uma vez que, para além de eventuais prejuízos causados pela própria caça e/ou por caçadores (ainda que de forma não intencional) são eles (os agricultores) neste tipo de reservas, os principais “produtores” de caça. Os referidos dirigentes dessas zonas de caça vedam ainda e sempre que podem o acesso aos caçadores de outras zonas que poderiam ajudar a nossa economia local.
Desempenho os cargos de vice-presidente de um clube de caça e secretário numa zona de caça municipal e claro sou também caçador. Não concordo com o atual sistema de caça, apesar de estar inserido nela. Vejo a caça como um bem da comunidade e para a comunidade onde todos poderíamos beneficiar. Vejo a caça como um dos últimos redutos para a já tão asfixiada economia local.
Esta oportunidade de negócio não devia ser desperdiçada.
É lamentável  ver que foram  criadas zonas de caça que, tais como Vassal e Fornos do Pinhal, Valverde, que têm áreas  de caça muito reduzidas, que deveriam estar  juntas com outras freguesias, porque  quanto maior for a zona melhor para todos. Porque se não se concorda com uma gestão, não significa que tenhamos de estar separados, num desporto que todos gostamos. O isolamento e o egoísmo, como em tantas outras áreas não leva a uma maior aprendizagem, antes pelo contrário.
Na zona de Caça Municipal na qual estou inserido e fazendo parte da direção, sempre foi nosso apanágio, fazer atividades venatórias nas diferentes aldeias abrangidas pela nossa zona de caça, beneficiando assim as populações residentes através da possibilidade da comercialização das suas produções agrícolas ou pecuárias, bem como dos produtos regionais. Para além ainda de dar vida e levar algum movimento às nossas já desertificadas aldeias.
Sou a favor de uma zona de caça municipal que abranja todo o concelho, que possa criar postos de trabalho, que beneficie as freguesias, que abra as portas aos caçadores de fora, que traga turismo, que nos permita circular livremente pelo nosso concelho, que nos leve a um maior enriquecimento cultural, social e cinegético. Isto é possível, basta que para tal queiramos.
Apelo aos responsáveis autárquicos para a sua sensibilização nestas questões e julgo no meu entender que deveriam tomar sérias medidas, no sentido de nos unir, a bem de todos nós caçadores e acima de tudo a bem do nosso concelho e das suas populações.
Porque quando um caçador abate e cobra uma peça de caça, podem acreditar ficou-lhe bem cara, mas isso no fundo não é o mais importante. O mais importante seria que grande parte do custo dessa peça de caça ficasse no nosso concelho, desde o agricultor que vende os seus produtos, ao posto de combustível, ao restaurante, às residenciais, aos armeiros, etc. Julgo que todos temos e deveremos manter interesse na conservação e fomento da caça, mas não da forma como se encontra no presente.
Este tema é de tal forma profundo que muitas questões ficam ainda por escrever e porque sei que no nosso concelho há caçadores com muitas capacidades e com muitos conhecimentos cinegéticos convido-os a escrever e a exprimirem-se  sobre o assunto em questão.

Rui Coutinho.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Velhas Lembranças - IV Circuito InterClubes 2006 - Valpaços

São cada vez mais os participantes nesta prova, desta vez Valpaços acolheu 88 atiradores e 14 equipas. Esta prova coincidiu com a Festa do Folar e a organização não deixou de honrar os ... 

São cada vez mais os participantes nesta prova, desta vez Valpaços acolheu 88 atiradores e 14 equipas. Esta prova coincidiu com a Festa do Folar e a organização não deixou de honrar os participantes com a presença do Presidente da Câmara local, o qual após o discurso da ordem muito felicitou toda esta iniciativa. Daqui ficam os parabéns a Félix Machado e a toda a sua equipa pela excelente organização.

Paulo Valbom de Mirandela conquistou a sua primeira vitória da época ao vencer no desempate Francisco Bártolo de Vimioso no tiro a tiro. É com grande satisfação que voltamos a ver o Paulo a atirar ao seu melhor nível, mas isto ainda só agora começou…

Nas segundas categorias Francisco Bártolo venceu com dois pratos de vantagem para o Bragançano Hélder Ferreira e Manuel Carneiro das Pedras Salgadas.

Francisco Rodrigues de Valpaços, Armindo Santos de Bragança e Armando Alves de Mirandela constituíram o pódio da 3ª categoria.

Mirandela A voltou a vencer pela segunda vez consecutiva as equipas.


Fonte: http://www.santohuberto.com